Encontro Nacional de Prefeitos aquece o mercado do sexo em Brasília
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Prostitutas dizem que políticos pagam mais pela hora do programa |
O Encontro Nacional de Prefeitos, que
acontecerá entre esta segunda-feira (28) e o dia 30 de janeiro, deve
aquecer o mercado de Brasília nos próximos dias. E o mercado de sexo não
deve ficar de fora. Ao menos essa é a expectativa de prostitutas e
empresários do setor ouvidos pelo R7,
além de comerciantes de outros serviços, como locadoras de veículos.
Todos garantem que em anos anteriores, esse tipo de evento, que reúne
uma quantidade muito grande de pessoas, impulsiona o mercado local de
uma forma geral.
Para algumas prostitutas, em especial as de luxo, o público que estará em Brasília nesses dias tem alto poder aquistivo e poderá pagar mais pela hora do programa. Elas garantem que existem muitos homens sozinhos neste tipo de encontro.
O evento, coordenado pela Secretaria de
Relações Institucionais da Presidência da República, deve reunir cerca
de 20.000 pessoas, entre políticos, assessores, empresários e
prestadores de serviço. Para as profissionais do sexo, esse momento é um
"prato cheio".
A primeira recepção do Governo Federal
aos novos prefeitos aconteceu em 2009. A realização do evento integra as
ações de apoio federal à gestão local e ao fortalecimento do diálogo
direto entre União e municípios.
A acompanhante de luxo Bruna*, de 29
anos, cobra R$ 400 pela hora do programa e garante que a próxima semana
será de bastante serviço. Recentemente, a jovem trocou as próteses de
silicone, fez tatuagens em posições estratégicas do corpo e está
terminando um curso de Inglês na intenção de se capacitar para receber o
público durante a Copa das Confederações, este ano, e no Mundial de 2014.
Profissional do sexo há 14 anos, Bruna* disse que pelo menos uma vez por semestre, períodos em queencontros normalmente
acontecem no Distrito Federal, a agenda dela fica lotada durante toda a
semana com atendimentos a políticos e assessores. Por conta dessa
experiência, a acompanhante de luxo conseguiu formar uma carteira de
clientes fiéis que sempre a procuram quando estão na cidade e reúne uma
série de histórias que quase sempre são mantidas em segredo. À
reportagem do R7, ela revelou uma delas.
— Tem um político conhecido nacionalmente, muito querido pelo povo, que sempre me procura. Ele é de outro estado, casado, tem filhos e vive aqui em Brasília. O problema é que sempre que vem ele pede para que eu chame um amigo travesti, também de luxo, para participar do programa.
— Tem um político conhecido nacionalmente, muito querido pelo povo, que sempre me procura. Ele é de outro estado, casado, tem filhos e vive aqui em Brasília. O problema é que sempre que vem ele pede para que eu chame um amigo travesti, também de luxo, para participar do programa.
Para esses políticos que querem ser mais
discretos, o atendimento é feito em domicílio. Bruna* relatou que eles
alugam flats, onde descansam nos momentos de folga, e pedem para que ela
vá até lá para fazer o programa. O procedimento para entrar, porém,
costuma ser burocrático. A acompanhante não pode levar a bolsa e é
revistada por um segurança particular, porque é proibido filmar, gravar
ou usar de qualquer outro meio que possa colocar, de alguma forma, a
imagem pública do político em xeque.
— É uma garantia que eles têm. Só entro
com a roupa do corpo e nada mais. Pagam bem, faço o que eles querem, mas
a maioria dos atendimentos é assim. Para os que não se importam,
mantenho alugado um apartamento no Sudoeste que uso só para receber meus
clientes. Meu marido, meus amigos e família não sabem da existência do
imóvel.
Bruna* disse ainda que quando há grandes
eventos na cidade, com o encontro de prefeitos, o mercado do sexo fica
tão aquecido na capital federal que faltam garotas de programa. Por
isso, ela e outras amigas mantém contatos com acompanhantes de luxo de
regiões do Entorno do DF que são acionadas quando há demanda. Elas são
"importadas" com uma certa frequência e ficam com os políticos e/ou
assessores enquanto for necessário, com tudo pago, inclusive as
passagens de ônibus de ida e volta.
Casas de show e pubs
No entanto, não são todos os políticos
que se preocupam com a discrição. Alguns lotam as principais casas de
shows e pubs da capital federal com amigos e acompanhantes em "happy
hours". O dono de uma empresa responsável por alugar vans para esse tipo
de ocasião, Gilberto Menezes, confirmou que o mercado do sexo fica
bastante aquecido durante esses eventos políticos.
Ele explicou que prefeitos, vereadores,
deputados e assessores alugam as vans dele e os motoristas ficam por
conta. A preferência é por duas casas de shows no Sig (Setor de
Indústrias Gráficas) e um pub que fica dentro de um hotel de luxo na Asa
Sul, área central de Brasília.
— Esses são os lugares onde os políticos que não se preocupam muito com a exposição frequentam com as respectivas acompanhantes.
Economia movimentada
Durante esses encontros, a economia do
Distrito Federal, de uma forma geral, fica mais movimentada. O dono da
locadora de vans, por exemplo, fica com todos os carros e motoristas
ocupados nessas épocas e garante que além do mercado do sexo ficar bem
agitado, empresários do setor hoteleiro, donos de restaurantes, boates e
até mesmo os taxistas lucram bastante.
— Fica tudo bem agitado, há muita movimentação de dinheiro nessa época.
* Nome fictício a pedido da entrevistada
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