Zé Filho propõe novo modelo de desenvolvimento para o Piauí
O desafio do Piauí é pensar com urgência
um novo modelo de desenvolvimento. A opinião é do vice-governador Zé
Filho, presidente da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi), e foi
manifestada ontem, durante almoço com jornalistas do Diário do Povo, no
qual ele apresentou a nova edição do Cadastro Industrial do Piauí.
Segundo o vice-governador, o Piauí deve
sair desse ciclo vicioso de ficar esperando de Brasília a liberação de
emendas parlamentares e lutar por grandes investimentos, como fazem os
Estados do Ceará, Pernambuco e Bahia. “O Piauí precisa definir uma
agenda de prioridades e brigar por ela com todas as forças”, propôs.
A título de ilustração, o
vice-governador considera que não é interessante o Piauí caminhar para a
conclusão de seu porto marítimo sem articular a iniciativa com a
instalação da ZPE (Zona de Processamento de Exportação) de Parnaíba e
com a reativação da linha férrea do litoral para Teresina. Essas duas
providências é que alimentariam o movimento do porto.
- O Piauí precisa ser pensado para os
próximos 10, 15 ou 20 anos. A falta desse planejamento estratégico
prejudica enormemente o Estado. Nós estamos ficando para trás, em
relação aos nossos vizinhos – afirma Zé Filho, que defende a convocação
de um fórum para discutir o desenvolvimento estadual, com a participação
de organismos oficiais e de organizações não-governamentais.
“Nós temos que oferecer serviços
públicos de boa qualidade nas áreas de educação, saúde e segurança. Não
temos como fugir disso. Mas temos também que dar um passo adiante,
buscar alternativas de desenvolvimento auto-sustentável, sem essa
dependência crônica de Brasília”, argumenta o vice-governador.
A rigor, a proposta de Zé Filho se choca
frontalmente com o pensamento dominante das lideranças políticas
piauienses. Estas têm se apresentado apenas com um projeto de poder,
que, reconheça-se, é vitorioso, só que em prejuízo do desenvolvimento do
Estado. Enquanto o Ceará e Pernambuco discutem, por exemplo, o seu
próximo investimento bilionário, o Piauí ainda não sabe o que quer.
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